Tema: EGUINHAS, CACHORRAS E TIGRÕES
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Trecho retirado do livro 'Fala sério! É proibido ser diferente? [Diego Fernandes] Editora Canção Nova.
O som do 'pate-estaca' do funk e suas gírias estão na boca da galera. Tem gente dançando, mesmo sabendo que essa tal dança é uma simulação do ato sexual. Qual era o tema do funk no passado? Violência! E hoje? SEXO, SEXO, SEXO!!!! Os "tigrões", as "cachorras" e as "eguinhas" se espalham pelo país, e a figura desses animais reflete a influência que o funk tem na vida dessas pessoas. Fala sério, a que ponto chegamos?
Que mulher gostaria de ser chamada de "cachorra"? e de "eguinha"?
No baile Funk as pessoas, porém, não parecem ofendidas quando comparadas com esses animais. O lugar que a mulher vem conquistando atualmente é jogado no lixo pelos "Tigrões" que se acham muito "machos", e tratam as mulheres como meros instrumentos de prazer. Em suma, o prazer é um bem, mas não o bem supremo.Para os Hedonistas o prazer é o principal objetivo da vida, mas é certo que a pessoa que planta o hedonismo colhe frustração e a neurose.
Nos bailes Funk praticamente tudo leva ao sexo antes e fora do casamento; e a cada escolha traz conseqüências nada agradáveis, como aborto, as DSTs e a gravidez indesejada. (Se você acha que essas conseqüências são irrelevantes, pergunte a alguém que já sofreu com isso sobre as 'boas lembranças' que elas têm a respeito). O sexo pelo sexo desumaniza, reduz o homem a um animal qualquer.
Sem dúvida alguma podemos dizer que aonde o o pecado vai, a frustração vai atrás. É triste perceber que a grande maioria das escolas se limita a entregar camisinhas na mão de adolescentes. isso é educação sexual ou incentivo a uma vivência imatura da sexualidade? A solução é distribuir camisinhas nas escolas? Se apaga fogo jogando gasolina? Não se respeitam as etapas naturais de amadurecimento físico, psicológico, espiritual da pessoa, e, em nome do esclarecimento, omitem-se informações como as das falhas da camisinha, para fortalecer ainda mais a indústria do sexo. É por isso que precisamos de uma educação para o amor.
Nós adolescentes e jovens queremos que nos falem de amor, queremos aprender a amar e respeitar o outro, que, longe de ser uma "coisa", um objeto, é uma pessoa. Pois só quem aprendeu a amar pode ter a coragemde ser diferente e a fazer a diferença!